segunda-feira, 23 de julho de 2012

Policial militar do DF morre após ser baleado durante treinamento (Postado por Lucas Pinheiro)

Um subtenente da Polícia Militar morreu após ser baleado em um curso de operações especiais na noite deste domingo (22), no Distrito Federal. O treinamento ocorreu dentro da área militar da Marinha, próximo à BR-040.

De acordo com a PM, o subtenente participava como instrutor do curso e teria se ferido ao pisar em uma armadilha montada por ele mesmo, informa reportagem do Bom Dia DF. Foram três disparos.

O homem de 45 anos foi socorrido e levado ao Hospital de Santa Maria, mas morreu minutos depois de ser atendido no pronto-socorro. O militar tinha 25 anos de corporação e atualmente estava cedido para o Ministério Público. Mas sempre que o ocorria o curso, participava como instrutor.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

PF diz investigar dois suspeitos pela morte de agente em cemitério do DF (Postado por Lucas Pinheiro)

A Superintendente Regional da Polícia Federal no DF, Silvana Borges, afirmou nesta quinta-feira (19) durante velório do agente Wilton Tapajós Macedo, no cemitério Campo da Esperança, em Brasília, que a investigação tem dois suspeitos de envolvimento no assassinato do policial federal.

“Estamos buscando todas as informações para chegar aos autores do crime. Por enquanto, são dois suspeitos", afirmou.

Wilton Tapajós Macedo foi morto a tiros quando visitava o túmulo dos pais no cemitério Campo da Esperança, nessa terça-feira (17). Tapajós estava armado no momento do assassinato, mas não chegou a reagir. O assassino levou o carro que estava com o policial. A arma que estava com o agente – uma Glock 9 milímetros – e a carteira não foram roubadas.

O corpo do agente está sendo velado por familiares, amigos e colegas de trabalho desde as 8h. O Sindicato dos Policiais Federais (Sindipol-DF) informou que o enterro do policial está marcado para às 11h desta quinta.

Investigação
De acordo com a superintendente, a apuração do crime é feita em conjunto pelas polícias Civil e Federal e segue em sigilo. Ela disse ainda que o carro da vítima, levado pelos assassinos, ainda não foi encontrado. “A PF não está intimidada, mas, sim, preparada para esse tipo de caso”, disse a superintendente.

O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, foi ao velório e confirmou a ação conjunta das polícias. "Existe uma integração entre a PF e Polícia Civil do DF, existe uma força tarefa para investigar este assassinato. Há, inclusive, o apoio das polícias de diversos estados."

A delegacia que investiga o caso, a 1ª DP, na Asa Sul, informou que o agente Tapajós teria sofrido ameaças e até registrado ocorrência na Corregedoria da Polícia Federal (PF) após ser perseguido por um carro na saída de um shopping de Brasília.  Diante dessas informações, ganham força duas possibilidades: morte encomendada ou acerto de contas.

Segundo laudo preliminar de balística, o policial federal levou dois tiros de revólver calibre 38. O primeiro, na nuca, à média distância, foi o tiro fatal; o segundo, na têmpora, à queima-roupa, foi o de confirmação. Fontes ligadas à investigação afirmam que as características dos tiros reforçam a hipótese de que o agente foi executado e mostram que o crime pode ter sido cometido por profissionais.

Perfil
Na Polícia Federal desde 1987, Wilton Tapajós Macedo trabalhou na  Operação Monte Carlo, que resultou na prisão de Carlos Cachoeira e outras 34 pessoas envolvidas com jogo do bicho. O agente também atuou em operações de combate à pedofilia e de proteção a testemunhas. Ele  foi ainda candidato a deputado distrital em 2010 pelo PT do  B.

“Ele era um profissional competente, trabalhador e, nas oportunidades em que ele trabalhou com o gabinete, exerceu muito bem as atividades”, comentou a superintendente Silvana Borges.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

'É uma situação constrangedora', diz senador sobre vídeo de assessora (Postado por Lucas Pinheiro)

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) afirmou nesta terça-feira (17) à noite que passa por uma situação "muito constrangedora" por causa de um vídeo, vazado na semana passada no Senado, que mostra uma mulher em cenas de sexo. Ela seria Denise Leitão Rocha, uma de suas assessoras parlamentares. A gravação circulou entre assessores e jornalistas que cobrem a CPI do Cachoeira em meio a versões conflitantes sobre a origem e as circunstâncias do vazamento, ainda não esclarecidas.

"É uma situação muito constrangedora, disso [gravação] que é uma coisa muito antiga, pelo que me disseram", disse Nogueira ao G1. Ele afirmou acreditar que o vídeo foi feito antes de a assessora ser nomeada pelo gabinete, no início de 2011, mas também não sabe como ele veio à tona.

O vídeo chamou a atenção dos jornalistas durante o depoimento do prefeito de Palmas, Raul Filho (PT), na última terça-feira (10), no Senado. Antes disso, já era conhecido por alguns jornalistas, mas foi visto na tela de laptops de alguns parlamentares durante a sessão. Na ocasião, Denise chegou a entrar na sala, mas diante da curiosidade de fotógrafos e jornalistas, evitou levantar o rosto e saiu em 5 minutos.

Depois dos vazamento, o vídeo foi largamente repassado e exibido no comitê de imprensa do Senado, onde ficam os jornalistas. Com a repercussão interna, a assessora pediu um afastamento, aproveitando o período de recesso dos parlamentares. "Achei bom ela tirar essa licença, para evitar qualquer tipo de pré-julgamento, nem cometer injustiça, antes de isso ser esclarecido", ponderou Ciro.

O G1 procurou a assessora nesta terça, mas já não estava no gabinete. Os colegas disseram não ter autorização para informar o telefone pessoal e ficaram de passar o recado.

Ao jornal Extra, Denise afirmou que não viu o vídeo, mas disse que pretende entrar na Justiça contra o responsável pelo vazamento das imagens.

Ciro Nogueira não descarta um pedido da própria assessora para se afastar definitivamente, nem uma eventual demissão, mas disse que isso ainda não está em questão. "Estamos avaliando. Existe essa possibilidade [de a assessora deixar o cargo], se for algo que comprometa o trabalho do gabinete", disse, sobre a repercussão do vídeo. "Mas não quero ficar especulando", afirmou.

O senador, contudo, elogiou o trabalho de Denise e disse que ela foi selecionada para trabalhar no gabinete após análise de currículos e entrevistas com outros servidores. "Ela é advogada e acompanha o que acontece nas comissões. Não tenho do que reclamar do trabalho dela não", disse.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Defesa diz que Cachoeira está ‘deprimido’, pede que seja libertado, mas Justiça indefere de novo (Josias de Souza)



Em decisão unânime, a 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal negounovamente, nesta quinta-feira (5), um pedido de liberdade formulado por Márcio Thomaz Bastos e sua equipe em favor de Carlinhos Cachoeira.
Afora o argumento de sempre –outros réus já foram libertados e Cachoeira merece “tratamento isonômico”— a defesa esgrimiu na petição uma alegação nova: o preso estaria arrostando uma “depressão” e precisaria de “cuidados médicos.”
Relator do processo, o desembargador Sousa e Ávila recordou em seu voto que o sistema prisional dispõe de “médicos e de todo um aparato para garantir a saúde de quem se encontra sob sua guarda.”
Decerto o time do presídio da Papuda, que hospeda Cachoeira, não se equipara à equipe de um Sírio-Libanês. Mas o magistrado também lembrou que a lei permite que o preso se desloque para hospitais caso necessite fazer exames ou obter tratamento “mais especializado”.
Quanto ao argumento de que a liberdade concedida a outros réus deveria ser estendida a Cachoeira, o desembargador sustentou que a situação do chefão da quadrilha é diferente da de outros integrantes do bando.
Para Sousa e Ávila, foram ao meio-fio réus que não representavam mais perigo para a instrução do processo. Acha que o caso de Cachoeira merece ser visto pelo Judiciário com “extrema cautela”.
Por quê? As investigações o apontam como a pessoa que autorizava os pagamentos e decidia as ações da quadrilha. Solto, Cachoeira poderia valer-se do poder econômico e de sua rede de contatos na política e na administração pública para interferir no andamento do processo.
De resto, o desembargador insinuou que a quadrilha parece desativada mas não está morta. Mencionou as ameaças que levaram o juiz Paulo Moreira Lima a pedir o desligamento da 11aVara Federal de Goiás, onde correm os autos da Operação Monte Carlo.
Mencionou também “uma condenação recente” imposta a Cachoeira pela Justiça do Rio de Janeiro –“mais de oito anos de reclusão”. Citou ainda uma representação formulada por um carcereiro da Papuda contra Cachoeira. Acusa-o de desacato e desobediência na cadeia.
Na opinião do desembargador, acompanhada pelos colegas de turma, esses fatores indicariam que Cachoeira oferece riscos à instrução do processo que responde em Brasília. Coisa referente à Operação Saint Michel, não à Monte Carlo. Nesse caso, apura-se o tráfico de influência e a tentativa de fraudar licitações no governo do Distrito Federal.
Thomaz Bastos também argumentou que obtivera em favor de Cachoeira uma liminar que lhe dava o direito de responder em liberdade ao processo da Monte Carlo. O desembargador desconsiderou esse trecho da petição, já que a tal liminar já foi revogada. Assim, duas ordens de prisão escoram o dique que mantém Cachoeira na cana inaugurada em 29 de fevereiro.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Após ocupação, estudantes passam a noite no prédio da reitoria da UnB (Postado por Lucas Pinheiro)



Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) invadiram o prédio da reitoria nesta terça-feira (3). Cerca de 40 universitários passaram a noite na sala do reitor José Geraldo de Souza Júnior. O movimento estudantil reivindica principalmente mudanças na assistência estudantil.

Reportagem do Bom Dia DF mostrou que, de acordo com os alunos, atualmente um estudante de baixa renda para ter direito a uma bolsa no valor de R$ 465 precisa trabalhar 12 horas semanais na instituição. Uma das reivindicações dos manifestantes é por fim a essa exigência. O grupo quer que a UnB mantenha o benefício avaliando apenas o rendimento escolar do estudante.
“Nós acreditamos que a assistência estudantil na Universidade de Brasília não é levada a sério. A gente só vai sair daqui com as nossas pautas respondidas”, enfatizou a estudante Danyelle Carvalho.

Os estudantes pedem ainda que a universidade avalie as questões da concessão de dinheiro ou auxílio emergencial para moradia; pagamento de indenização aos estudantes pelo fechamento do Restaurante Universitário (RU) e a negociação com DFTrans para garantir o passe estudantil durante a greve.
A assessoria de comunicação da UnB informou que está prevista para esta quarta-feira (4) uma reunião entre os estudantes e a decana de Assuntos Comunitários, Carolina Cássia, para avaliação da pauta de reivindicações.

Professores
A greve dos professores da Universidade de Brasília (UnB) completa 45 dias nesta quarta-feira (4). De acordo com informações do Bom Dia DF, 90% dos professores pararam de trabalhar e 39 mil estudantes estão sendo prejudicados pela falta de aulas.
De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UnB, Rafael Morgado, a discussão da questão salarial é uma das pautas mais importantes para o movimento grevista . “A nossa principal reivindicação é a reestruturação da nossa carreira. E tem uma questão salarial muito importante nessa carreira”, disse Morgado.

Na última quinta (28), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior informou que a mobilização nacional de professores das instituições federais de ensino pela reestruturação da carreira docente chegou à adesão de 95% das instituições. Das 59 universidades, 56 têm professores parados.
Além de professores, técnicos-administrativos da UnB também estão em greve desde o dia 11 de junho. Eles querem reajuste salarial de 28% e um plano de carreira. A Biblioteca Central da universidade e o Restaurante Universitário (RU) também estão fechados.

“A biblioteca não é considerado um serviço essencial. Até o momento, não houve nenhuma demanda por parte da área estudantil no sentido de que a universidade negociasse a abertura da biblioteca”, disse a decana de Gestão de Pessoas, Gilca Starling.