segunda-feira, 29 de abril de 2013


  • Eixo Capital: coluna mostra retorno de grupo Roriz ao jogo político no DF
  • Ana Dubeux
    Publicação: 29/04/2013 12:37 Atualização: 29/04/2013 15:42
     

    Falta muito tempo para o tabuleiro ficar organizado, mas as peças do xadrez político local começam a se alinhar. O que parece certo, até agora, é que as eleições de 2014 em Brasília vão reeditar uma disputa pra lá de antiga: o grupo de Joaquim Roriz de um lado, o PT de outro. Mas, desta vez, algumas peculiaridades podem mudar os rumos da campanha e projetar aqueles que não estão nos extremos. Entre eles, Rodrigo Rollemberg, que quer se aliar ao PDT de Reggufe e Cristovam Buarque e organizar uma terceira via. O sonho de Rodrigo passa por uma aliança com o PSol de Toninho e Maninha. Do lado rorizista, ensaia-se uma aliança com ex-amigos, depois desafetos, e de novo aliados: Roriz, José Roberto Arruda, Luiz Estevão e Paulo Octavio. Como há o risco de terem problemas com a Justiça, talvez não arrisquem uma candidatura majoritária. Sairão para as câmaras Federal e Legislativa. Se houver uma ruptura entre o atual governador e o vice, Filippelli pode ser o nome do grupo ao GDF. Outras opções são Luiz Pitiman, Izalci Lucas e Jofran Frejat. “Unidos, elegemos até um poste”, provoca um deles. A avant-première do grupo já tem hora e dia marcados: uma megafesta para celebrar a volta de Roriz à política, em 6 de maio. Depois de uma carreata pelas ruas de Brasília, Roriz participará de sessão na Câmara dos Deputados, presidida pela filha Jaqueline Roriz. O que se vê é que a política em Brasília não se renova. Outra vez, velhos caciques apenas trocam de lugar e disputam o poder entre eles.

    A prova das cotas
    Pioneira na adoção de cotas raciais, a Universidade de Brasília vai reavaliar o sistema de acesso que ampliou as chances de negros ingressarem no ensino superior. Após dez anos do programa, o conselho da UnB vai definir se mantém, modifica ou extingue o percentual de cotas. Está prevista a realização de uma pesquisa para auxiliar a instituição a se decidir. A reserva de vagas para estudantes negros ou egressos da rede pública tornou-se prática adotada em boa parte das universidades públicas brasileiras.

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    Pedantismo na areia
    A mais nordestina das cidades brasilienses realizou o seu 1º torneio de futebol de areia em quadra inaugurada na QNN 9. Oito times participaram da disputa que recebeu o nome de 1º Campeonato de Beach Soccer de Ceilândia. Já que a opção era o pedantismo linguístico, por que não denominar a próxima peleja de Second Championship of Beach Soccer of Ceilândia?

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    Quem ama…
    trabalha no Gama

    Quase metade dos trabalhadores do Gama tem emprego na própria cidade. São 43,10% contra 34,32% que atuam no Plano Piloto. Em dois anos, o número de moradores com ocupação aumentou em cerca de 4,5 mil. Desses, 66% arrumaram emprego na cidade onde moram, resultado que o presidente da Codeplan, Júlio Miragaya, considera “excepcional”. O desenvolvimento das regiões, com maior oferta de emprego, diminuirá a pressão sobre o transporte público e facilitará a vida de todos.

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    O poeta que calculava
    O poeta e engenheiro Joaquim Cardozo, responsável pelo cálculo dos principais edifícios desenhados por Niemeyer em Brasília, é o destaque do número 14 da revista O Pioneiro, publicada pelo Clube dos Pioneiros. No dossiê dedicado ao homem que viabilizou os “voos” de Niemeyer, o leitor encontrará uma série de textos preciosos. O próprio Cardozo comparece com um depoimento sobre a construção de Brasília. Niemeyer tem republicado um artigo evocando o amigo. O arquiteto José Carlos Sussekind presta homenagem ao mestre. E Samuel Rawet traça um agudo perfil do homem que calculava com imaginação de poeta.

    Sacrilégio
    O superintendente do Iphan DF, José Leme Junior, encaminhou carta ao vigário geral da Arquidiocese de Brasília, padre George de Albuquerque Tajra, proibindo o Corpus Christi, na Esplanada. O documento (acima) abriu uma crise entre os governos local e federal, a ponto de Agnelo ligar para a ministra Marta Suplicy pedindo a interferência dela. Eles se acertaram e, tudo indica, a celebração está confirmada. Mas os técnicos do Iphan estão indignados com a decisão e prometem recorrer a instâncias superiores, mas terrenas. Não divinas.

    Operação Seleção I
    A Copa das Confederações vai mobilizar um grande contingente de seguranças. Quem chegar ao estádio para assistir a Brasil x Japão, à tarde, mal saberá que, para aqueles que trabalham no torneio, o dia começou 12 horas antes, com uma varredura antibomba. O confronto, classificado pela Fifa como de alto risco, terá o maior número de agentes descaracterizados. Portanto, para quem for à partida, uma dica: cuidado com
    as gracinhas porque, sentado ao seu
    lado, pode estar um espião.

    Operação Seleção II
    Nos bastidores da segurança da Copa das Confederações, há um embate silencioso entre duas “equipes” na retranca. Há conflitos sobre a competência na hora de escoltar os chefes de Estado e as autoridades da Fifa quando eles estiverem no DF.
    A Sesge, vinculada ao Ministério da Justiça, estabeleceu que isso é função da PF e da Polícia Rodoviária.
    O Exército, porém, já armou ocontra-ataque, já que, em Brasília, especificamente, essa atribuição é dele.


    Só Papos
    "Como uma pessoa que não conhece nada, não entende de bactéria, como jegue conhece de religião, por exemplo, vai para lá fazer uma coisa dessas? Isso não é brincadeira, é a saúde das pessoas. Então, querer fazer isso usando política é uma desonestidade total"
    Agnelo Queiroz, governador, na terça-feira, 23 de abril, durante inauguração de CAPS-AD em Samambaia


    "Eu fui ao HRC como presidente da Comissão de Saúde. Queria e quero saber os motivos para a morte dos bebês. O governador não deve ter pensado no que disse. Ele tem de respeitar o papel constitucional do deputado, que é o de fiscalizar os atos do Executivo", Liliane Roriz, deputada distrital, na quarta-feira, 24 de abril, no plenário da Câmara Legislativa

    À QUEIMA-ROUPA
    Joaquim Roriz
    (ex-governador)

    O senhor é candidato a algum cargo nas próximas eleições?
    Ja fui governador do Distrito Federal por quatro vezes, três delas pela vontade do povo. Qualquer candidatura depende da vontade política de um grupo político e da vontade do povo. Já fiz muito por Brasília, e o amor por essa cidade e a vontade da população me levariam a ser candidato de novo.

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    Esse é o seu desejo, mas juridicamente o senhor pode mesmo ser candidato?
    Claro que posso, não há nenhum impedimento legal para eu ser candidato a qualquer cargo. No meu caso, houve empate no julgamento do Supremo. Não fui condenado e não tenho condenação de colegiado. Portanto, posso disputar a eleição de 2014.

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    Existe muita especulação em relação ao seu estado de saúde. O senhor aguenta mais uma campanha? O que tem a dizer sobre isso?
    Tenho a dizer que tem mais de 20 anos que meus adversários políticos dizem que estou gravemente doente. Graças a Deus, estou bem de saúde e muito bem disposto.

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    Na eleição de 2010, o senhor colocou sua mulher, dona Weslian Roriz, para disputar e participar dos debates em seu lugar. No fim, dona Weslian não só perdeu a eleição como acabou sendo vítima de muitas críticas. O senhor se arrepende da decisão? Faria isso de novo?
    Weslian não perdeu a eleição. Levar para o segundo turno quando a candidatura dela só foi confirmada pelo tribunal menos de 24 horas antes da eleição é uma vitoria. Foram 35% dos votos. A decisão de Weslian de se candidatar foi dela, depois que o Frejat, meu vice, não aceitou me substituir na cabeça da chapa. Foi um gesto de amor, de solidariedade. Agradeço a Deus por estar casado com ela há 53 anos. Cada eleição é uma eleição e, naquele momento, naquelas circunstâncias, era o que tinha que ser feito, a partir da decisão dela.

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    O senhor, nas eleições municipais do ano passado, apoiou, em Luziânia, uma chapa que tinha como vice um político do PT. Mesma cidade, aliás, em que o senhor fundou o PT. Mas, curiosamente, o senhor construiu sua carreira em Brasília como inimigo do PT. Qual seu sentimento real em relação ao Partido dos Trabalhadores?
    O PT é um partido que tem enormes dificuldades internas, tem muita briga entre eles.Tem um PT que eu gosto, aquele que copiou meus programas sociais, que tanto criticavam no passado. Copiaram o programa do leite, o programa habitacional popular, a cesta básica, a unificação dos programas com o cadastro único. Além disso, o PT, com raras exceções, não sabe governar, como aqui em Brasília. Eles fazem oposição dura, são implacáveis como foram nos meus governos, mas não sabem ser governo, pelo menos aqui em Brasília.

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    Se o senhor fosse governador, o que mudaria
    no Distrito Federal hoje?
    Cuidaria do povo, cuidaria da cidade. Sofro ao ver Brasília tão maltratada e seu povo enfrentando dificuldades com a saúde, com o trânsito, com a segurança de um modo geral.

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    O senhor dividiria o palanque com Tadeu Filippelli,
    Luiz Estevão e Arruda?
    Ainda é muito cedo para falarmos de alianças eleitorais. O nosso grupo político está aberto a conversas com todos aqueles que gostam de Brasília e que estejam dispostos a se unir para mudar a cidade, mudar o que esta aí.

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    Marina Silva, Agnelo Queiroz ou Rodrigo Rollemberg?
    Qual é o adversário mais difícil?
    Marina é um dos grandes nomes da política brasileira. É uma mulher de luta, com história em defesa do seu estado e do meio ambiente. Se for candidata a presidente, terá muitos votos. Em Brasília, ela foi a mais votada em 2010. É um nome forte em qualquer campanha.

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    O eleitor brasiliense esquece fácil? Arruda tem chance de voltar, mesmo depois do escândalo da Caixa da Pandora? O senhor o perdoou?
    Essa resposta é do povo, cabe a ele responder. O povo é soberano em suas escolhas.

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    O PT sempre larga com 30% dos votos, será assim em 2014?
    Não sei se terá esses 30%. Esse governo é péssimo.

    sábado, 27 de abril de 2013

    Homem morre atropelado por carro em acidente no Eixo Monumental



    É provável que o impacto do atropelamento tenha ferido fatalmente o pedestre, que não tinha grandes sangramentos aparentes

    Bárbara Nascimento
    Maryna Lacerda, especial para o Correio
    Adriana Bernardes
    Publicação: 26/04/2013 13:50 Atualização: 26/04/2013 20:38
    O corpo aguardava perícia, no início da tarde: o para brisas ficou estilhaçado e o teto do carro amassado (Bárbara Nascimento/CB/D.A Press)
    O corpo aguardava perícia, no início da tarde: o para brisas ficou estilhaçado e o teto do carro amassado

    O acidente ocorreu no início da tarde, próximo à Torre de TV, na via N1. O motorista do Kia Picanto preto, Gastão Gonçalves da Silva, de 65 anos, ficou em estado de choque após o atropelamento: "Não sei o que aconteceu".

    É provável que o impacto do atropelamento tenha ferido fatalmente o homem - ainda não identificado, que não tinha grandes sangramentos aparentes.

    O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para socorrer o pedestre atropelado, mas ele não resistiu aos ferimentos. Segundo a polícia, o único documento que o acidentado portava era um cartão previdenciário, com nome de Miguel Prado de Araujo - mas como é documento sem foto, não é possível confirmar a identidade do morto.

    Confira a reportagem da Tv Brasília

    segunda-feira, 22 de abril de 2013

    Reguffe questiona preço no Brasil do minuto falado em celulares



     
    A Comissão de Defesa do Consumidor aprovou um requerimento do deputado Reguffe (PDT-DF), em que o Ministro das Comunicações, Eliseu Padilha, os presidentes da Anatel e das quatro maiores operadoras brasileiras de telefonia móvel são convidados a participar de uma audiência pública.
    A audiência irá debater a cobertura do sistema, bem como a cobrança do minuto falado, que segundo o deputado é abusiva, quando comparada ao de outros países com nível de desenvolvimento tecnológico avançado e com PIB semelhante ao nosso.
    O deputado citou que em recente pesquisa feita por uma empresa estrangeira sobre telecomunicações, dentre todos os países, o Brasil foi apontado como o que cobra dos usuários da telefonia móvel as mais altas tarifas, pagando em média R$ 0,48 (quarenta e oito centavos) pelo minuto falado.
    “Na Índia, por exemplo, a tarifa pelo minuto falado é de R$ 0,02; Indonésia e China o minuto custa em média R$ 0,06; e, Rússia, Egito e México têm tarifas de R$ 0,10 e se aproximam do valor pago pelos consumidores nos Estados Unidos”, explicou o deputado.
    Por esse motivo, o deputado julga um absurdo essa diferença entre os valores aplicados pelas operadoras brasileiras. “Portanto, é necessária uma explicação lógica, não somente para nós parlamentares, mas para toda a sociedade brasileira, que paga caro pelo que usa e tem um retorno insatisfatório dessas operadoras”, justificou. A audiência pública ainda não tem data definida.

    quarta-feira, 17 de abril de 2013

    Justiça condena ex-governador Arruda a mais de 5 anos de prisão

    Condenação é por causa de obra feita com dispensa de licitação em 2008.
    Advogado de Arruda, Nélio Machado, diz que vai recorrer da decisão.


    Do G1 DF
    O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, e o ex-secretário de Obras Márcio Edvandro Rocha Machado foram condenados pela Justiça de Brasília por dispensa indevida de licitação para a reforma do ginásio Nilson Nelson, em 2008. Arruda foi condenado a 5 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto e ao pagamento de uma multa de R$ 400 mil. O ex-secretário de Obras foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão em regime semiaberto e multa de R$ 300 mil. Cabe recurso da decisão.

    O advogado de Arruda, Nélio Machado, afirmou que vai recorrer da decisão e que o orçamento inicial previa um investimento de R$ 20 milhões na obra. A reforma do ginásio Nilson Nelson custou R$ 9.998.896,70. As multas aplicadas aos réus correspondem a 4% da obra para Arruda, e a 3%, para Machado.

    “A decisão é, seguramente, destituída de qualquer solidez. A dispensa da licitação ocorreu por uma excepcionalidade e a obra foi feita por uma empresa consagrada. O campeonato de futsal foi visto em mais de 130 países e foi um sucesso”, afirmou o advogado.

    O processo para a reforma do ginásio teve início em fevereiro de 2008. O local foi usado para jogos do Campeonato Mundial de Futsal, em outubro de 2008. Brasília foi escolhida uma das sedes ao lado do Rio de Janeiro, em dezembro de 2005. A formalização do termo de compromisso com o Comitê Organizador do evento aconteceu em 2007.

    “Mesmo sabendo que a cidade não tinha condições de abrigar o evento internacional, o então governador Arruda deixou para iniciar os procedimentos burocráticos para a reforma do ginásio Nilson Nelson, onde seriam realizados os jogos, em fevereiro de 2008. Por conta da demora, vários contratos foram firmados na forma direta, com dispensa de licitação”, consta na denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.

    Os réus negaram em depoimento as acusações do MP, alegando que a dispensa foi justificada por causa de exigências feitas pela FIFA. A defesa argumentou que o GDF não recebeu parte dos recursos para a reforma prometidos pela União.

    Segundo o MP, “a administração não pode agir com o fim de ‘fabricar’ uma suposta emergência e com isso burlar a obrigatoriedade da licitação, tornando regra o que deveria ser a exceção. Do contrário, administradores poderão sempre tirar proveito da própria omissão ou morosidade -ou seja, da própria torpeza-, até que em um determinado momento a situação de emergência esteja configurada como fato consumado e irreversível”.



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