Com 81,05% de apuração, petista não pode mais ser alcançado por Weslian
Agnelo votou no Distrito Federal neste domingo
Redação CORREIO
Agnelo Queiroz (PT) foi eleito em segundo turno, neste domingo (31), o novo governador do Distrito Federal. Segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), às 17h57, com 81,05% das urnas apuradas, o petista tinha 66,44% dos votos e não podia mais ser alcançado por Weslian Roriz (PSC), mulher do ex-governador Joaquim Roriz (PSC).
Weslian entrou na disputa após o marido renunciar à candidatura por estar ameaçado pela Lei da Ficha Limpa. Queiroz, ex-ministro do Esporte, assume o Distrito Federal após uma onda de escândalos que atingiu o governo do Distrito Federal.
Sob denúncias de corrupção que envolviam o então governador José Roberto Arruda e deputados distritais, o DF chegou a ser alvo de um pedido de intervenção federal por parte da Procuradoria-Geral da República. Em meio a uma crise política, o Executivo teve quatro governadores diferentes num período de três meses.
Agnelo foi eleito apresentando propostas como criar o bilhete único no transporte coletivo, criar 400 equipes de Saúde da Família e uma Unidade de Pronto Atendimento em cada uma das 30 regiões administrativas do DF e construir pelo menos 100 mil unidades habitacionais.
Na campanha, ele se aliou a Tadeu Filipelli (PMDB), que já participou do governo de Joaquim Roriz - fato amplamente criticado por oposicionistas.
O petista, por sua vez, procurava caracterizar a candidatura de Weslian como um projeto de continuísmo. Nas propagandas eleitorais, ele acusava “o grupo que está no poder há 14 anos” pelos problemas de Brasília na área da saúde.
Weslian entrou na disputa após o marido renunciar à candidatura por estar ameaçado pela Lei da Ficha Limpa. Queiroz, ex-ministro do Esporte, assume o Distrito Federal após uma onda de escândalos que atingiu o governo do Distrito Federal.
Sob denúncias de corrupção que envolviam o então governador José Roberto Arruda e deputados distritais, o DF chegou a ser alvo de um pedido de intervenção federal por parte da Procuradoria-Geral da República. Em meio a uma crise política, o Executivo teve quatro governadores diferentes num período de três meses.
Agnelo foi eleito apresentando propostas como criar o bilhete único no transporte coletivo, criar 400 equipes de Saúde da Família e uma Unidade de Pronto Atendimento em cada uma das 30 regiões administrativas do DF e construir pelo menos 100 mil unidades habitacionais.
Na campanha, ele se aliou a Tadeu Filipelli (PMDB), que já participou do governo de Joaquim Roriz - fato amplamente criticado por oposicionistas.
O petista, por sua vez, procurava caracterizar a candidatura de Weslian como um projeto de continuísmo. Nas propagandas eleitorais, ele acusava “o grupo que está no poder há 14 anos” pelos problemas de Brasília na área da saúde.
Acompanhe a cobertura completa sobre as eleições
Perfil
O novo governador do Distrito Federal é baiano de Itabetinga. Ele já foi deputado federal em 1994, cargo para o qual se reelegeu em 1998 e 2002. Também foi o primeiro ministro do Esporte do governo Lula (2003 a 2006). Além disso, trabalhou na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre 2007 a 2010.
Campanha
A campanha do Distrito Federal teve momentos conturbados. Weslian só entrou na disputa no dia 24 de setembro, quando Roriz renunciou temendo ter a candidatura cassada pela Justiça com base na Lei da Ficha Limpa.
Na campanha, ela prometeu levar adiante propostas do marido, como o retorno das vans e a instalação de câmeras de TV por toda a cidade para combater a violência.
A candidata fez aliança com oito partidos, entre eles o Democratas, do governador cassado José Roberto Arruda, e o PSDB. Durante debate na TV Globo, ela se confundiu e chegou a dizer que defenderia "toda aquela corrupção". Antes do debate, em frente à sede da TV Globo, militantes dos dois candidatos chegaram a entrar em confronto.
O clima de enfrentamento se estendeu pelo restante da campanha. Agnelo recorreu ao TRE para suspender uma propaganda em que Weslian prometia anistiar todas as multas de trânsito caso fosse eleita, mas o tribunal negou o pedido.
A mulher de Roriz também recorreu à Justiça, para pedir a cassação do registro de candidatura do adversário alegando que a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha no DF seria ilegal. No horário eleitoral na TV, atacou o petista acusando-o de desvios no Ministério do Esporte.
Crise política no DF
A eleição no Distrito Federal foi precedida por uma crise política nos anos anteriores. O escândalo conhecido como “mensalão do DEM” ganhou as manchetes do noticiário com vídeos em que personagens do caso apareciam guardando dinheiro em bolsas, meias e cuecas. Numa das gravações, José Roberto Arruda aparecia recebendo um maço de dinheiro. Deputados foram flagrados rezando o que ficou conhecida como “oração da propina”.
O escândalo veio à tona no final de 2008, com a operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. A operação apurava investigar suspeitas de que o governo cobrava propina de empresas que prestavam serviços e de que pagava suborno a deputados distritais.
Flagrado num vídeo recebendo dinheiro, Arruda passa a ser investigado num inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e anuncia sua desfiliação do DEM. Em fevereiro de 2009, ele é preso acusado de tentar subornar uma testemunha do caso. No mês seguinte, teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) por infidelidade partidária.
Com a prisão de Arruda, o vice-governador, Paulo Octávio, assumiu o cargo, mas renunciou por não conseguir apoio político para governar. No lugar dele, assumiu o presidente da Câmara Distrital, Wilson Lima (PR). A Câmara convocou uma eleição indireta para um “mandato-tampão” e elegeu Rogério Rosso (PMDB), ex-membro do governo Arruda. Na campanha, Rosso apoiou Weslian. As informações são do G1.
Perfil
O novo governador do Distrito Federal é baiano de Itabetinga. Ele já foi deputado federal em 1994, cargo para o qual se reelegeu em 1998 e 2002. Também foi o primeiro ministro do Esporte do governo Lula (2003 a 2006). Além disso, trabalhou na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre 2007 a 2010.
Campanha
A campanha do Distrito Federal teve momentos conturbados. Weslian só entrou na disputa no dia 24 de setembro, quando Roriz renunciou temendo ter a candidatura cassada pela Justiça com base na Lei da Ficha Limpa.
Na campanha, ela prometeu levar adiante propostas do marido, como o retorno das vans e a instalação de câmeras de TV por toda a cidade para combater a violência.
A candidata fez aliança com oito partidos, entre eles o Democratas, do governador cassado José Roberto Arruda, e o PSDB. Durante debate na TV Globo, ela se confundiu e chegou a dizer que defenderia "toda aquela corrupção". Antes do debate, em frente à sede da TV Globo, militantes dos dois candidatos chegaram a entrar em confronto.
O clima de enfrentamento se estendeu pelo restante da campanha. Agnelo recorreu ao TRE para suspender uma propaganda em que Weslian prometia anistiar todas as multas de trânsito caso fosse eleita, mas o tribunal negou o pedido.
A mulher de Roriz também recorreu à Justiça, para pedir a cassação do registro de candidatura do adversário alegando que a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na campanha no DF seria ilegal. No horário eleitoral na TV, atacou o petista acusando-o de desvios no Ministério do Esporte.
Crise política no DF
A eleição no Distrito Federal foi precedida por uma crise política nos anos anteriores. O escândalo conhecido como “mensalão do DEM” ganhou as manchetes do noticiário com vídeos em que personagens do caso apareciam guardando dinheiro em bolsas, meias e cuecas. Numa das gravações, José Roberto Arruda aparecia recebendo um maço de dinheiro. Deputados foram flagrados rezando o que ficou conhecida como “oração da propina”.
O escândalo veio à tona no final de 2008, com a operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. A operação apurava investigar suspeitas de que o governo cobrava propina de empresas que prestavam serviços e de que pagava suborno a deputados distritais.
Flagrado num vídeo recebendo dinheiro, Arruda passa a ser investigado num inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e anuncia sua desfiliação do DEM. Em fevereiro de 2009, ele é preso acusado de tentar subornar uma testemunha do caso. No mês seguinte, teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) por infidelidade partidária.
Com a prisão de Arruda, o vice-governador, Paulo Octávio, assumiu o cargo, mas renunciou por não conseguir apoio político para governar. No lugar dele, assumiu o presidente da Câmara Distrital, Wilson Lima (PR). A Câmara convocou uma eleição indireta para um “mandato-tampão” e elegeu Rogério Rosso (PMDB), ex-membro do governo Arruda. Na campanha, Rosso apoiou Weslian. As informações são do G1.
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