quinta-feira, 25 de dezembro de 2014


Templo budista é tombado como patrimônio histórico de Brasília

  • 24/12/2014 08h19
  • Brasília
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto
Templo Honpa Hongwanji, ou Templo Shin Budista Terra Pura, de Brasília tornou-se nesta semana patrimônio histórico da capital (Antonio Cruz/Agência Brasil)
Templo Honpa Hongwanji, ou Templo Shin Budista Terra Pura, de Brasília tornou-se nesta semana patrimônio histórico da capital (Antonio Cruz/Agência Brasil)Antonio Cruz/Agência Brasil
Em meio à movimentação de carros, do comércio e de pessoas praticando atividades físicas, o Templo Honpa Hongwanji, ou Templo Shin Budista Terra Pura, de Brasília - que fica em paisagem bucólica, quase escondido, apesar de grandioso - é um convite à reflexão e à meditação.
Erguido pelos primeiros imigrantes japoneses que chegaram à capital federal durante a construção, o templo está localizado em uma das áreas mais nobres da cidade, entre as quadras 315 e 316 da Asa Sul, a aproximadamente dez quilômetros do Congresso Nacional.
A arquitetura oriental, que mescla leveza e imponência, remete logo, no primeiro olhar, às casas japonesas, de telhados altos e curvilíneos. Os bambus presentes nos jardins dão ainda mais suavidade ao local. Apesar da proximidade com o comércio da quadra, o espaço é calmo e silencioso.
Parte da cultura brasiliense, o Templo Budista tornou-se nesta semana patrimônio histórico da capital. Decreto publicado no Diário Oficial do DF protege o templo de modificações na obra original, o sino Bonshô e seu campanário, além do pórtico de entrada e dos dois localizados nas laterais.     
De acordo com o monge Sato, foi Juscelino Kubitschek que convidou imigrantes japoneses a virem para Brasília à época da construção da cidade. (Antonio Cruz/Agência Brasil)
De acordo com o monge Sato, foi Juscelino Kubitschek que convidou imigrantes japoneses a virem para Brasília à época da construção da cidade. (Antonio Cruz/Agência Brasil)Antonio Cruz/Agência Brasil
“Os templo de antigamente, em qualquer lugar do mundo, eram centros culturais. Eram escolas, dava-se aulas para as crianças, atendia-se aos idosos, era onde a comunidade se encontrava. Aos poucos, eles foram perdendo essa característica e passaram a ser locais onde se realizam cerimônias, ofícios”, disse à Agência Brasil o monge Sato, responsável pelo local.
“Patrimônio histórico, para mim, tem dois significados importantes e foi essa tese que defendi no Conselho de Cultura para que o requerimento fosse para a frente: primeiro, patrimônio não é bem material. Tudo bem que a arquitetura seja bonita e isso é um bem que faz parte de Brasília, mas há a parte histórica. Não para ficarmos com saudade, olhando para trás. Histórico é a referência que temos para olhar para o futuro. Essa missão do patrimônio histórico veio daí: um bem cultural que aponte para o futuro como dom Bosco, Juscelino [Kubitscheck] e outros pioneiros quiseram”, argumentou o monge.
Erguido pelos imigrantes japoneses para manter vivas suas raízes e a cultura, o templo hoje é um espaço aberto a toda a comunidade, com encontros de meditação (cantada, recitada, contemplativa e silenciosa), sessões de massagem e aulas de artes marciais.
“Embora a área tenha sido concedida aos japoneses para a construção de um templo, ela tem essa missão ecumênica, de servir à cidade. Hoje, a frequência dos não japoneses aqui é muito grande”, ressaltou Sato. Principalmente no mês de agosto, quando é realizada a tradicional quermesse.
De acordo com o monge Sato, foi Juscelino Kubitschek que convidou imigrantes japoneses a virem para Brasília à época da construção da cidade. “Ele queria que as pessoas não comessem apenas carne, mas também legumes, vegetais e frutas, que eram cultivados pelos japoneses. Então, os japoneses estão aqui desde o começo para servir à população”.
Na nova capital, acrescentou, os japoneses pediram ao então presidente do país uma área para a construção de um templo. “A equipe de Juscelino - Lúcio Costa e Israel Pinheiro - disse que teria que ser no Plano Piloto, sendo que a comunidade japonesa morava distante do centro. Por isso foi concedido esse lote tão nobre da cidade, porque Juscelino queria que a capital fosse ecumênica, onde todas as religiões fossem representadas”.
Manuseando entre os dedos o Juzu, uma espécie de terço usado pelos católicos, o monge Sato explicou que o budismo convive tranquilamente com as religiões. “A primeira vez em que vim ao templo, tinha mais de 50 anos e estava vivendo uma crise política existencial. Subi os degraus por acaso e depois aprendi que no budismo não tem nada por acaso”, contou.
Segundo ele, naquele dia o monge que comanda o templo falava sobre a compaixão de Buda e isso provocou uma mudança em sua vida. “O que é a luz da compaixão?, perguntava. Deve ser algo parecido com o amor incondicional, como o da mãe. Está sempre salvando, iluminando e a gente não sabe. Isso me chamou atenção”, lembrou.
Sato contou que dali em diante se ofereceu para ajudar o monge, principalmente com a língua portuguesa, e começou a caminhada até ser ordenado em 1998. Desde então está a frente do templo brasiliense.
No último evento do ano, no próximo dia 31, haverá o tradicional ritual de passagem de ano, com a cerimônia das 108 batidas no sino Bonshô. “São 108 esperanças sobre as quais refletimos para renová-las”, disse ele.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Pesquisa Ibope encomendada pela TV Globo aponta que o tucano Aécio Neves se mantém na frente na preferência do eleitorado no Distrito Federal, mas sua campanha viu uma queda de oito pontos em relação ao levantamento anterior.
Divulgação
Dilma Rousseff (PT) diminui vantagem de Aécio Neves (PSDB) no Distrito Federal

No estudo divulgado na noite desta terça-feira (21), quando considerados apenas os votos válidos, o senador mineiro soma 61% da preferência do eleitorado contra 39% da petista. No levantamento anterior, divulgado no dia 13, Aécio tinha 69% ante 31% de Dilma.

Leia mais: Dilma tem 52%, e Aécio, 48% dos votos válidos, aponta pesquisa Datafolha
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Denúncias de corrupção colocam sobre próximo presidente desafio da reforma ética


terça-feira, 12 de agosto de 2014

TRE-DF nega registro das candidaturas de Arruda e de Jaqueline Roriz

  • Brasília
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil Edição: Fábio Massalli
José Roberto Arruda
 José Roberto Arruda (PR) poderá seguir em campanha até que o TSE decida a questão em última instância.Arquivo/Agência Brasil
O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) aprovou hoje (12) a impugnação e negou o registro da candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo do Distrito Federal com base na Lei da Ficha Limpa. Na mesma sessão, o TRE-DF também impugnou o registro de Jaqueline Roriz (PMN) ao cargo de deputada federal.
O tribunal acatou o pedido feito pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), que entendeu que o ex-governador e Jacqueline Roriz não poderiam concorrer ao pleito por terem sido condenados em segunda instância por crime de improbidade administrativa.
A maioria dos desembargadores seguiu o voto do relator, desembargador Cruz Macedo. O desembargador argumentou que a legislação determina o impedimento de candidaturas de pessoas condenadas pela Justiça em segunda instância.
No dia 9 de julho, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) condenou Arruda e a deputada federal Jaqueline Roriz em segunda instância por improbidade administrativa. A ação é referente à Operação Caixa de Pandora, que investigou o esquema de corrupção que ficou conhecido como Mensalão do DEM.
A defesa de Arruda e de Jaqueline pleiteou o deferimento da candidatura com base na Lei nº 9.504/97, que estabelece as normas para as eleições e coloca a data da formalização do pedido de candidatura como marco legal para verificação das condições de elegibilidade. O advogado dos réus, Francisco Emerenciano, argumentou que a condenação ocorreu após o prazo para o pedido de registro de candidatura na Justiça Eleitoral e que, portanto, não poderia ser enquadrado pela Lei da Ficha Limpa e, consequentemente, ser considerado inelegível. 
Apesar das argumentações de Emerenciano, os desembargadores mantiveram o entendimento de que prevalece o que determina a Lei da Ficha Limpa, que considera inelegível o candidato que for condenado em sentença transitada em julgado ou em decisão proferida por órgão colegiado. Para os desembargadores, o deferimento da candidatura iria ferir os princípios da moralidade e probidade administrativa.
Mesmo com  a decisão, Arruda poderá seguir em campanha até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decida a questão em última instância. O mesmo ocorre com Jacqueline Roriz.

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Proposta prevê estágio obrigatório para alunos de medicina no SUS
 
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Edição: Carolina Pimentel 
         
Os estudantes de medicina terão de fazer estágio obrigatório no Sistema Único de Saúde (SUS). O estágio será na atenção básica, em urgência e emergência, e corresponderá a pelo menos 30% da carga horária prevista para o internato da graduação. Além disso, os alunos passarão a cada dois anos por avaliação obrigatória e classificatória para programas de residência médica. Essas são algumas das mudanças curriculares apresentadas hoje (26) pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
No documento apresentado nesta quarta-feira, o CNE estabelece seis anos para a graduação, descartando as possibilidades apresentadas inicialmente pelo governo de que o curso tivesse a duração de oito anos.
A reformulação das diretrizes curriculares faz parte da Lei 12.871/2013, que instituiu o Programa Mais Médicos, no ano passado. O CNE ainda está recebendo as últimas sugestões e têm um mês para apresentar a
versão definitiva ao Ministério da Educação (MEC).  As diretrizes atuais foram definidas em 2001.
Pelas novas diretrizes, 35% da carga horária da graduação deverão ser voltadas à prática. Dessa carga, 30% serão no SUS. O restante da carga horária deverá incluir clínica médica, cirurgia, ginecologia-obstetrícia, pediatria, saúde coletiva e saúde mental. Quanto à avaliação dos alunos, será nacional, sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
As diretrizes estipulam também uma maior articulação com a residência médica, que terá como prioridade o atendimento no SUS. A partir de 2018, a residência deverá ser universalizada, ofertada a todos os egressos de 2017.
Os cursos de medicina em funcionamento terão prazo de um ano para implementar as diretrizes às turmas abertas, após a publicação das mudanças. Os estudantes matriculados, antes da vigência das novas regras, poderão graduar-se conforme as diretrizes de 2001 ou optar pelas novas, dependendo da instituição.
A expectativa, com o Mais Médicos, é a abertura de 11.447 vagas em cursos de medicina até 2017 — sendo 3.615 em universidades federais e 7.832 em instituições particulares. Na residência, para a universalização, deverão ser ofertadas 12.372 novas vagas.
Presente na reunião de apresentação das diretrizes, a coordenadora-geral da Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina, Monique França, disse que falta detalhamento das novas propostas, como, por exemplo, de que forma as aulas práticas serão melhoradas, e que devem ser levadas em consideração as especificidades de cada região do país.
A estudante também fez críticas à avaliação nacional. Segundo ela, uma única prova para todo o país não irá abordar aspectos regionais, e, sendo obrigatória e pré-requisito para a residência, poderá prejudicar os estudantes e levar ao ranqueamento das instituições avaliadas. "As atuais diretrizes foram discutidas por quase uma década, essas em 180 dias", ressaltou, dizendo que poucas propostas dos estudantes foram acatadas.
As escolas de medicina também fizeram considerações sobre a avaliação dos estudantes. A presidenta da Associação Brasileira de Educação Médica (Abem), Janete Barbosa, destacou a importância das avaliações institucionais. "As especificidades das instituições devem ser levadas em conta. Isso é importante para que as escolas saibam onde se encontram mais fortes e mais frágeis e possam buscar apoio nesse sentido". Para Janete, o processo de implementação das novas diretrizes é "longo, estamos trabalhando com a formação, com valores".   
O pesquisador e professor de pós-graduação do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa José Lúcio Machado comparou a avaliação ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) - usado como vestibular nacional para ingresso no ensino superior - e disse que considera a iniciativa um avanço na entrada para a residência médica.
O secretário de Educação Superior e presidente da Comissão Nacional de Residência Médica, Paulo Speller, acredita que o fato de os estudantes terem de permanecer mais tempo atendendo pelo SUS forçará o sistema a se preparar para receber os alunos e profissionais. "Será necessária a infraestrutura adequada para o cenário de prática. Só podemos expandir as vagas nos novos cursos se tivermos como base uma infraestrutura adequada", disse.
A criação de vagas nas particulares, que terão a maior parcela, por meio de editais foi alvo de
críticas das instituições privadas.
Atualmente, o Brasil tem uma média de 1,8 médico por mil habitantes. Com o Mais Médicos, o objetivo é chegar a 2,7 médicos por mil habitantes em 2026, além da distribuição desses profissionais por áreas com déficit de médicos.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Pai e filho morrem após caírem de 13º andar em Osasco 
 
Agência Estado            
 
Um homem de 52 anos e uma criança de seis anos morreram na noite desta segunda-feira, 17, após caírem do 13º andar de um prédio na Avenida Manoel Pedro Pimentel, em Osasco, na Grande São Paulo. Segundo a Polícia Militar, a queda teria ocorrido após uma briga de casal. O homem teria pulado com o filho do apartamento onde moravam após brigar com a esposa e agredi-la. Ainda conforme a PM, a mulher foi levada para um pronto-socorro na região. A identidade dos três não foi revelada. O caso foi registrado no 5º Distrito Policial de Osasco (Centro).

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

RESUMO DOS JORNAIS DO PAÍS (SEGUNDA FEIRA) 10/02/2014
 
10 de fevereiro de 2014
Correio Braziliense


Manchete: Projeto abre brechas para supersalários
Aprovado em comissão composta por deputados e senadores, no fim do ano passado, o texto estabelece 25 situações em que o contracheque de servidores poderá ultrapassar o salário máximo do funcionalismo, fixado hoje em R$ 29.462,25. A justificativa é de que se trata da regulamentação do artigo 37 da Constituição Federal, que exclui da aplicação do teto as parcelas de caráter indenizatório, como diárias de viagem, verba para mudança e auxílio-moradia. Mas os parlamentares foram além e ampliaram a lista dos benefícios. (Págs. 1 e 2)
Insegurança leva comerciantes a fecharem lojas no Plano (Págs. 1 e 20)


Violência: Telefone liga deputado do PSol a black bloc
Advogado do tatuador responsável por passar um rojão a homem que feriu cinegrafista durante manifestação no Rio diz ter recebido ligação de uma ativista. Ela teria afirmado que oferece apoio jurídico a pessoas ligadas ao deputado estadual Marcelo Freixo. Rapaz preso ontem vai ajudar a polícia a identificar o acusado de acender o artefato. (Págs. 1 e 6)
Copa provoca choque de realidade no Brasil (Págs. 1 e Crônica da cidade, 22)


Suíça impõe cota para estrangeiros
Em referendo, país dá passo atrás e decide pelo fim da livre circulação de cidadãos da União Europeia, em vigor desde 2002. (Págs. 1 e 13)
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Estado de Minas


Manchete: Gritos por justiça
Famílias de jovens mortos em BH cobram punição de agressores

Matheus era um jovem bem-humorado. Apaixonado pelo Cruzeiro, namorava uma colega do curso de engenharia de produção, levava o irmão mais novo à escola todos os dias, pretendia fazer intercâmbio e aprender alemão. Leandro, também brincalhão, teve de abandonar a escola para trabalhar e ajudar a família, inclusive bancar remédios para o pai doente. Conseguiu dois empregos, acordava de madrugada para entregar pães e agora abriria o próprio negócio.

Mas a vida e os sonhos dos dois jovens se perderam tragicamente no fim de semana. Matheus foi executado com três tiros por dois assaltantes que levaram o carro dele quando saía da casa de um amigo na noite de sexta-feira. Leandro estava na segunda entrega do dia, às 5h de sábado, e foi atropelado por um ix35 Hyundai dirigido por Germano Stein, que admitiu à PM ter bebido. Os dois foram sepultados ontem em meio à dor e à indignação das famílias, que cobram a punição dos responsáveis. (Págs. 1, 17 e 18)
Ganho de servidor federal poderá passar de R$ 30 mil (Págs. 1 e 3)


Vereador: Wellington Magalhães faz festa em ritmo de campanha eleitoral (Págs. 1 e 5)


Consumidor: Risco do golpe do aluguel por temporada cresce no carnaval (Págs. 1 e 13)


Agropecuário: Safra de feijão deve bater recorde de produção, mas remuneração desestimula agricultores. (Págs. 1, Capa e 3 a 5)


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Zero Hora


Manchete: 15 dias sem ônibus na capital - Tribunal derruba liminar que impedia piquetes de grevistas
Decisão de desembargadora da Justiça do Trabalho permite que funcionários de empresas bloqueiem saída de veículos das garagens.

Rodoviários têm nova assembleia hoje. (Págs. 1, 4 e 5)
Blindagem: PSDB atua para isolar Aécio de escândalo
Enquanto STF encaminha análise do mensalão tucano, sigla prepara estratégia. (Págs. 1 e 8)
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Brasil Econômico


Manchete: "Não há crescimento vigoroso sem indústria"
Com a experiência de décadas no debate sobre os rumos da economia, o empresário Paulo Francini preocupa-se com a participação do setor no PIB, hoje em 13,6%. “Se nada acontecer, em cinco anos passará a corresponder a apenas 9%”. Integrante do grupo de industriais que lutou pela redemocratização do país, ele tornou-se interlocutor de todos os governos, de Sarney, passando por FH e Lula, ao atual. Guido Mantega, sempre que necessário, consulta a opinião de Francini, para quem “não há medida mágica” que faça o setor se recuperar a curto prazo. De 2014, com Copa e eleições, ele diz: “O ano promete boas emoções, mas não para a indústria”. (Págs. 1 e 4 a 7)
Pré-sal: Mais portos no litoral do Rio de Janeiro
O aumento de produção de petróleo mobiliza duas cidades litorâneas na busca de investimento em infraestrutura. Em Maricá, o terminal de R$ 6 bilhões está em fase final de licenciamento. Macaé iniciou audiência pública para projeto de R$ 900 milhões. (Págs. 1 e 11)
Energia: Receita é desafio para operadores
O Grupo Eletrobras e a estatal chinesa State Grid, que arremataram linha da rede de transmissão de Belo Monte com deságio de 38% na última sexta-feira, terão pouca margem de lucro para os investimentos necessários, alertam especialistas. (Págs. 1 e 8)
Eleições
Apoio de PP e do PMDB é alvo de disputa de candidatos de outras legendas na corrida ao Senado em Santa Catarina. (Págs. 1 e 3)
Mobilidade
Empresas de transporte começam a adotar a biometria para combater fraudes na gratuidade. (Págs. 1 e 10)
Fundos
Investimentos imobiliários perdem atratividade com alta da Selic, apesar de preço de imóveis em alta. (Págs. 1, 20 e 21)

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A Internet e o pânico das TVs abertas

 
29/1/2014 14:00
Por Altamiro Borges - de Brasília

A Suprema Corte dos EUA julga em abril um processo aberto pelas 4 maiores tevês do país contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de ver tv
A Suprema Corte dos EUA julga em abril um processo aberto pelas 4 maiores tevês do país contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de ver tv
O jornalista João da Paz, do sítio “Notícias da TV”, publicou nesta semana uma informação que deve causar pânico nos donos das emissoras de televisão no Brasil. Segundo revela, a Suprema Corte dos EUA julgará em abril um processo aberto pelas quatro maiores tevês do país (ABC, NBC, Fox e CBS) contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de assistir televisão. “O que a Aereo faz é pegar os sinais abertos dessas quatro emissoras com uma pequena antena moderna e retransmiti-los pela internet, dando ao telespectador a oportunidade de assistir a esses canais no computador, em tablets e em smartphones, com a opção de gravar e pausar programas. Tudo em alta definição”.
O novo serviço tende a promover uma hecatombe na forma de assistir tevê. O internauta faz a assinatura mensal no valor de US$ 8 (R$ 19,20) e tem a possibilidade de gravar um programa por vez, até o limite de 20 horas de armazenamento. Até o momento, os serviços da Aereo já estão disponíveis em 26 cidades do país, incluindo Nova York, Boston, Washington, Filadélfia e Dallas. Em outubro, o Wall Street Journal informou que somente em Nova Iorque já seriam de 90 mil a 135 mil assinantes. Diante do risco da acentuada queda de audiência e de recursos publicitários, as poderosas corporações alegam que a Aereo rouba o sinal e infringe direitos autorais.
Na titânica batalha jurídica em curso, a inovadora empresa até agora tem levado a melhor. Segundo informa João da Paz, “a Suprema Corte vai dar continuidade ao caso julgado na Segunda Corte de Apelação de Nova York, em abril de 2013, cujo resultado foi favorável à Aereo. Os juízes de Nova York entenderam que o serviço prestado pela empresa é legal. O criador e diretor-executivo da Aereo, Chet Kanojia, de 43 anos, disse em comunicado após essa decisão que ‘esperamos apresentar nosso argumento na Suprema Corte, certos de que o mérito do caso irá prevalecer’”.
A empresa conta com um trunfo nesta batalha. O magnata da comunicação Barry Diller, ex-diretor da Paramount e da Fox, decidiu apostar no negócio inovador. Ele hoje comanda a empresa de internet InterActive Corporation e tem uma fortuna calculada em US$ 2,8 bilhões. “Diller é um dos principais investidores da Aereo.
Neste mês, mesmo em meio a esse tumulto, ele conseguiu atrair US$ 34 milhões para financiar a expansão da empresa. ‘Passamos por três julgamentos em 2013 e em todos eles as Cortes Distritais decidiram que o nosso negócio é perfeitamente legal’… Ele calcula que o Aereo poderia ter entre 10 milhões e 20 milhões de assinantes se pudesse operar amplamente, sem restrições”.
A batalha, porém, será prolongada e sangrenta. “As quatro emissoras agem agressivamente contra Aereo. A CBS é bem enfática sobre o assunto e se posicionou de forma direta em comunicado. ‘Nós acreditamos que o modelo de negócios da Aereo é alicerçado em roubo de conteúdo’, diz a emissora de maior audiência dos EUA. A Fox se mostrou mais radical, ameaçando ir para a TV por assinatura se a Aereo vencer na Suprema Corte. Quem também comprou a briga das emissoras, e adotou um tom tão agressivo quanto, foram as ligas esportivas NFL (futebol americano) e MLB (beisebol). Ambas têm acordos bilionários com os canais abertos e divulgaram nota afirmando que vitória da Aereo vai prejudicar os negócios”.
As quatro redes inclusive já trabalham com um plano B para a hipótese da Aereo vencer a batalha jurídica. Elas planejam mudar a forma como emitem seus sinais, com o objetivo de impedir que as antenas da Aereo os captem. “Outro problema para os canais abertos, se derrotados na Suprema Corte, será lidar com as operadoras de TV por assinatura, que pagam preços altos para ter NBC, ABC, Fox e CBS em seus pacotes. A decisão judicial a favor da Aereo pode mudar esse tipo de negócio”. O clima é de guerra nas tevês abertas dos EUA.
A inovação da Aereo, mais um fruto da revolução informacional promovida pela internet, coloca em perigo o modelo de negócios das poderosas redes que exploram as concessões públicas de televisão. Caso vingue nos EUA, a experiência rapidamente deverá se espalhar pelo mundo – atingindo, também, o Brasil. Desta forma, mais uma vez a internet ameaçará o império da TV Globo e outras emissoras da tevê aberta!
Altamiro Borges, é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e organizador do livro

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

RESUMO DAS NOTÍCIAS DOS JORNAIS DE HOJE (21-01-2014 - TERÇA-FEIRA
21 de janeiro de 2014
 
O Estado de S. Paulo
Manchete: Déficit da Previdência sobe e vai a R$ 50 bilhões em 2013Para diminuir rombo, governo quer modificar regras de pensão por morte e de auxílios-doença e invalidez.

Dados obtidos pelo Estado mostram que o rombo com gastos previdenciários deu um salto em 2013, levando o País a registrar outro déficit no setor. A conta ficou negativa em R$ 49,9 bilhões, informa Mauro Zanatta. O governo esperava um equilíbrio na comparação com 2012, quando a diferença entre arrecadação e gastos com quase 28 milhões de benefícios fechou no vermelho em R$ 42,3 bilhões. O governo diz que a elevação dos gastos é explicada pelo pagamento, por decisão judicial, de quase R$ 3 bilhões em passivos acumulados nos anos anteriores. Também pesaram revisões do teto de benefícios com reajuste acima da inflação e o recálculo de auxílios-doença e aposentadorias por invalidez, despesas que a Previdência quer rever. As pensões por morte, que custam R$ 140 bilhões por ano ao País, também devem ter suas normas alteradas em breve pelo governo. (Págs. 1 e economia B1 e B3)

R$ 65,4 bi

Foi o total de despesas com a concessão de auxílios-doença e por invalidez em 2013.
MPE quer que Prefeitura indenize por enchentes
O Ministério Público Estadual foi à Justiça contra a Prefeitura de São Paulo para obrigá-la a resolver o problema dos alagamentos na cidade e indenizar as pessoas que sofreram danos com as enchentes. A Promotoria de Habitação e Urbanismo identificou 422 pontos no centro expandido que sofreram ao menos quatro inundações anuais de 2005 a 2013. (Págs. 1 e metrópole A13)
Mercadante já dá parte do expediente na Casa Civil
A presidente Dilma Rousseff nomeará Aloizio Mercadante (PT) para a Casa Civil com o objetivo de fazer a ponte entre o governo e a campanha da reeleição. Ontem, ele já despachava informalmente no Planalto. O empresário Josué Gomes da Silva/PMDR) deve assumir o Desenvolvimento e fará parte do grupo dos que permanecerão em caso de vitória. (Págs. 1 e política A4)
Roseana contrata sem licitação empresa doadora
O governo Roseana Sarney (PMDB) contratou sem licitação para a construção de três prisões no Maranhão uma empresa que doou R$ 225 mil para o diretório maranhense do PMDB em 2010, quando ela foi reeleita, reporta Marcelo Gomes. (Págs. 1 e metrópole A16)
Delúbio trabalha na CUT e reduz pena
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares começou a trabalhar na sede da CUT em Brasília. Condenado no processo do mensalão a 6 anos e 8 meses de prisão, ele receberá R$ 4,5 mil mensais como assessor da presidência. A cada 3 dias de trabalho, Delúbio reduzirá 1 dia da pena. A defesa de José Genoino confirmou o pagamento da multa no mensalão de RS 667,5 mil. Outros dois, de cinco condenados, pediram prorrogação do prazo. (Págs. 1 e política A8)
Crime prescrito
A Justiça confirmou a prescrição dos crimes de peculato e formação de quadrilha pelos quais o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia foi acusado no mensalão mineiro, de 1998. (Págs. 1 e A8)
‘Mundo está de olho’, diz Fifa
Em visita a Itaquera, Jérôme Valcke, da Fifa, elogiou as obras do estádio, que deve ser entregue em abril, mas avisou: "O mundo está de olho". (Págs. 1 e A18)
Alckmin pagará bônus a policiais
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) pagará até R$ 2 mil de bônus aos policiais de São Paulo que atingirem metas em três indicadores de criminalidade. (Págs. 1 e metrópole A15)
‘Rolezinho’: ministro defende diálogo (Págs. 1 e metrópole A17)



ONU exclui Irã de diálogo sobre Síria (Págs. 1 e internacional A9)


Dora Kramer: Volta por baixa
Dilma faz o caminho inverso ao da “faxina ética”, e sem a cerimônia de algum tempo atrás, quando reintegrou alguns dos demitidos. (Págs. 1 e política A6)
José Paulo Kupfer: Desigualdade no emprego
A nova pesquisa Pnad Contínua, que abrange mais de 200 mil domicílios, mostra com mais nitidez desequilíbrios de mercado de trabalho. (Págs. 1 e economia B4) 
Notas & Informações: Os ônibus - exagero e realidade
Seria bom que o serviço de ônibus estivesse melhorando tanto quanto dizem autoridades em SP. (Págs. 1 e A3)
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Correio Braziliense


Manchete: Rolezinho universitário no Planalto e no Senado
Um grupo de alunos da Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro, sentiu na pele o que é ter os direitos restritos. Acampados próximo ao Palácio do Planalto, eles reivindicavam a federalização da instituição de ensino. Os manifestantes foram detidos pela PM, levados ao Senado e ouvidos pela Polícia Legislativa. Vão responder por desacato à autoridade. As forças de segurança agiram em razão da norma que proíbe acampamentos na área da Esplanada. Representantes de shopping centers, por sua vez, pedem uma interferência do governo federal a fim de evitar tumultos nos rolezinhos. Alvo de muitas interpretações políticas, os jovens da classe C se tornaram os reis dos centros de compras. Eles gastam R$ 130 bilhões por ano e adoram roupas de marca e produtos eletrônicos, em uma atitude de estilo contra o preconceito. (Págs. 1 e 6 e 11)
Emprego de Delúbio é para poucos
Condenado pelo mensalão, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares iniciou ontem as atividades como assessor da CUT. Levantamento mostra que benefício, como o dele, é realidade de apenas 8% dos presos no DF. (Págs. 1 e 2 e 3)
MP vai enquadrar CBF por oferta de dinheiro à Lusa (Págs. 1 e superesportes capa)


Eleições no DF: Oposição bate cabeça para vencer Agnelo
Ainda sem um nome que os represente nas eleições de outubro, grupos ligados aos ex-governadores Arruda e Roriz veem mais um aliado — Luiz Pitiman — acenar que pode ficar fora da corrida para o Buriti. (Págs. 1 e 19)
Com Lula, Dilma desenha reforma
Presidente ouve o núcleo da campanha à reeleição, entre eles Lula, para definir mudanças na Esplanada. Futuro chefe da Casa Civil, Mercadante já despacha no Planalto. (Págs. 1 e 4)
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Estado de Minas


Manchete: Invasão paulista na UFMG
Com a entrada no Sisu, cresce o número de selecionados de outros estados, principalmente de SP.

A concorrência nacional pelas vagas na universidade, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que tem por base as notas do Enem, levou a uma explosão dos aprovados de fora de Minas. Em 2011 eles representavam 4%, percentual que subiu para 9% em 2012 e recuou para 7% no ano passado. Agora, a proporção dos “forasteiros” saltou para 17%. Os paulistas são disparadamente a maioria: 349 dos 3.535 selecionados para o primeiro semestre na UFMG, ou quase 10% do total, são do estado mais rico e populoso do Brasil. Depois de São Paulo, o Espírito Santo é o segundo com maior número de aprovados (60). Entre os futuros calouros há gente de todas as unidades da federação, exceto da Paraíba. (Págs. 1 e 17)
Coreia do Sul: Dados de 80 milhões de cartões são roubados (Págs. 1 e 15)


Os novos donos dos shoppings
Pesquisa revela que jovens da classe C são os principais clientes desses centros comerciais no Brasil, com potencial anual de consumo de R$130 bilhões.

Gastos superam os da parcela mais rica da população, estimados em R$80 bilhões. (Págs. 1 e 11)
Livre, até as 18h
O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares deixou ontem o centro de detenção onde cumpre pena em Brasília para seu primeiro dia de trabalho na sede da CUT. (Págs. 1 e 2 e 3)
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Jornal do Commercio


Manchete: Aposentadorias têm perda de 81% 
Confederação de Aposentados, Pensionistas e Idosos diz que, nos últimos 20 anos, segurados do INSS que recebem mais que o salário mínimo têm benefícios cada vez mais achatados. (Págs. 1 e economia 3)
Mensalão
Genoino paga multa de R$ 667,5 mil. Valério pede para prorrogar prazo. (Págs. 1 e 5) 
ProUni divulga primeira lista de beneficiados
MEC anuncia selecionados do programa que dá bolsas a egressos da rede pública. Matrícula vai até sexta. (Págs. 1 e 7)
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Zero Hora


Manchete: Estratosféricos 280%: Brasil, nº 1 da América em juro no cartão
Sem limite para a cobrança, taxa anual é seis vezes maior do que a do segundo colocado, o que aumenta a inadimplência. (Págs. 1 e 16)
País na mira: ONG critica violações de direitos (Págs. 1 e 22)


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Brasil Econômico


Manchete: Dilma vai a Davos para reforçar a confiança
A presidenta Dilma Rousseff chega ao Fórum Econômico Mundial, nesta sexta-feira, disposta a mostrar o compromisso do país com investidores e com a estabilidade econômica. Na comitiva do governo brasileiro estão Guido Mantega, Alexandre Tombini e Fernando Pimentel. (Págs. 1 e P6)
Rogerio Studart: Em Davos, é importante para o Brasil renovar diálogo com a comunidade global de negócios (Págs. 1 e P7)


China: Crescimento de 7,7% em 2013 mostra desaceleração de ritmo da economia, dizem analistas (Págs. 1 e P22)




Uma questão de segurança
O mercado de segurança eletrônica está em expansão no Brasil. As residências das classes B e C e os varejos de pequeno porte já adotam as tecnologias. “Hoje, temos mais projetos em condomínios de classe média de bairros afastados de São Paulo do que em empreendimentos de alto padrão”, diz Fernando Moreira, da G-Eletro. (Págs. 1 e P11)
Consumo de energia: ‘Ar-condicionado é o novo chuveiro elétrico’
O aparelho, cada vez mais presente nos lares brasileiros, é apontado como o novo vilão pelas distribuidoras, que alegam não ter recursos para os investimentos necessários. (Págs. 1 e P4 e 5)
Tecnologia: O governo brasileiro parece enfim discutir seriamente a segurança da informação (Págs. 1 e P13)




Antirreclamação: Susep regula apólices de responsabilidade civil para administradores de empresas (Págs. 1 e P17)



Luz: LEDesign chega ao país, com produto equivalente à incandescente de 100 watts (Págs. 1 e P14)



Mosaico: As ligações das famílias Arraes e Campos com a Imip vão além do secretário de Saúde (Págs. 1 e P2)