Médicos de 23 estados e do Distrito Federal que atendem por planos de saúde paralisam as atividades durante 24 horas nesta quarta-feira (21), de acordo com a Federação Nacional dos Médicos e a Associação Médica Brasileira (AMB). Eles reivindicam aumento nos honorários repassados pelas operadoras para os atendimentos e procedimentos médicos.
Na manhã desta quarta-feira, representantes da Comissão Nacional de Saúde Suplementar se encontraram com 35 deputados federais, a maioria da Frente Parlamentar de Saúde. Depois da reunião no Congresso, os líderes do movimento seguiram para encontro com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Eles apresentaram documento com números e informações a respeito do sistema de saúde suplementar.
Segundo o secretario de Saúde Suplementar da Federação Nacional dos Médicos, Márcio Bichara, a categoria recebeu apoio na reunião com a Frente Parlamentar de Saúde. “Recebemos solidariedade total ao nosso movimento por parte dos deputados. A lei atual não prevê negociação de profissionais e operadoras, o que precisa ser revisto. Esse conflito não interessa aos usuários, muito menos aos médicos. Queremos apenas receber o que é digno.”
O atendimento a todos os planos está suspenso em nove estados: Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Tocantins. Nos demais estados, o boicote dos médicos será a apenas alguns planos de saúde. Apenas os estados de Roraima, Amazonas e Rio Grande do Norte não aderiram ao movimento - Veja lista no final da reportagem.
A Comissão Nacional de Saúde Suplementar explica que não estão sendo realizadas consultas, cirurgias eletivas e exames laboratoriais pelos planos. A entidade garante que os casos mais graves estão sendo atendidos durante o dia de greve.
A Comissão Nacional de Saúde Suplementar é formada por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional de Médicos (Fenam).
De acordo com Márcio Bichara, cerca de 160 mil médicos de todo Brasil atendem por planos de saúde. “Desse total, 110 mil atendem o plano Unimed, que será atingida pela paralisação em dez estados, incluindo Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde está a maioria dos usuários”, calcula.
Bichara informou que ainda não é possível indicar um balanço dos números de médicos que aderiram ao movimento nesta quarta. “As regionais vão passar, no fim do dia, um balanço da paralisação em suas localidades.” No começo da tarde, a AMB informou que um balanço preliminar aponta que, em média, 70% dos profissionais aderiram ao movimento no estados.
Valor pago por consulta
A principal reivindicação dos médicos é o reajuste no valor pago pelas consultas. De acordo com o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, a média nacional paga pelos planos de saúde aos médicos é de R$ 40 por consulta. Eles querem ao menos R$ 60 por consulta. Segundo ele, o maior valor pago é R$ 80; o menor, R$ 15.
"R$ 40 é menos que um corte de cabelo na Zona Sul do Rio de Janeiro", disse o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Aloísio Tibiriça Miranda. Cardoso aponta que a inflação nos últimos dez anos foi de 120%. O reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) aos planos no mesmo período, disse ele, foi de 150%, enquanto os honorários médicos não teriam atingido 50%.
Veja a lista dos planos que serão atingidos pela paralisação:
Acre: Unimed, Assefaz, Casf, Caixa Econômica, Cassi, Capesep, Correios, Eletronorte, Embrapa, Fassincra, Geap, Sesi/DR/AC, Plan - Assiste e Conab
Alagoas: Smile, Hapvida, Amil e Unimed
Amapá: SulAmérica, Amil e Grupo Unidas (Plan - Assiste, Geap, Fassincra, Eletronorte, Embrapa, Assefaz, Cassi, Capesaúde, Caixa Econômica, Correios, Embratel)
Bahia: Amil, Medial, Hapvida, Norclínicas/Intermédica, Life Empresarial, Geap, Cassi, Petrobras, Golden Cross e Promédica
Distrito Federal: Amil, Bradesco, Golden Cross e SulAmérica
Ceará: todas as operadoras
Espírito Santo: todas as operadoras
Goiás: Imas, Geap, Golden Cross, Itaú, Mediservice e SulAmérica
Maranhão: todas as operadoras
Mato Grosso: todas as operadoras
Mato Grosso do Sul: todas as operadoras
Minas Gerais: todas as operadoras
Pará: Hapvida, Grupo Lider, Cassi, Ipamb, Iasep, Geap e hospitais militares (Polícia Militar, Naval e Exército)
Paraíba: Geap, Amil, Smile, Hapvida, Norclínica, SulAmáerica e Saúde Excelsior
Paraná: todas as operadoras
Pernambuco: Samaritano Viva, Ideal Saúde, Golden Cross, Real Saúde, América Saúde, Hapvida/Santa Clara
Piauí: Capesaúde, Cassi, Correios Saúde, Geap, Saúde Caixa e Uniplam
Rio de Janeiro: todas as operadoras
Rio Grande do Sul: Afivesc, Assefaz, Bacen, Bradesco, Cabergs, Caixa, Canoasprev/Fassem, Capesesp, Casembra, Casf, Cassi, Centro Clínico Gaúcho, Conab, Doctor Clin, ECT, Eletrosul/Elos, Embratel, Fassincra, Geap, Golden Cross, Infraero, IRB, Petrobras, Petrobras Distribuidora, Plan Assist, Proasa, Pró-Salute, Sameisa, Serpro, Sesef, SulAmérica, Unafisco, Usiminas e Wal-Mart
Rondônia: Unimed, Ameron, SulAmérica e Bradesco
Santa Catarina: todas as operadoras que atuam no estado, exceto Assefaz, Saúde Caixa, Capesesp, Cassi, Celos, Correios Saúde, Conab, Eletrosul, Embratel, Elos Saúde, Fassincra, Cooperativas Médicas e Funservir
São Paulo: Ameplan, Golden Cross, Green Line, Intermédica, Notre Dame, Prosaúde, Blue Life, Dix Amico, Medial, Geap e Volkswagen
Sergipe: operadoras que atuam no estado, exceto Assec/Cehop, Assefaz, Cagipe, Camed, Capesep, Casec, Casembrapa, Casse, Cassi, Cassind, ECT, Embratel, Fachesf, Fassincra, Pasa, Petrobras, Petrobras Distribuidora, Plan Assiste, Proasa, Saúde Caixa e Sesef
Tocantins: todas as operadoras
Na manhã desta quarta-feira, representantes da Comissão Nacional de Saúde Suplementar se encontraram com 35 deputados federais, a maioria da Frente Parlamentar de Saúde. Depois da reunião no Congresso, os líderes do movimento seguiram para encontro com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Eles apresentaram documento com números e informações a respeito do sistema de saúde suplementar.
Segundo o secretario de Saúde Suplementar da Federação Nacional dos Médicos, Márcio Bichara, a categoria recebeu apoio na reunião com a Frente Parlamentar de Saúde. “Recebemos solidariedade total ao nosso movimento por parte dos deputados. A lei atual não prevê negociação de profissionais e operadoras, o que precisa ser revisto. Esse conflito não interessa aos usuários, muito menos aos médicos. Queremos apenas receber o que é digno.”
O atendimento a todos os planos está suspenso em nove estados: Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Tocantins. Nos demais estados, o boicote dos médicos será a apenas alguns planos de saúde. Apenas os estados de Roraima, Amazonas e Rio Grande do Norte não aderiram ao movimento - Veja lista no final da reportagem.
A Comissão Nacional de Saúde Suplementar explica que não estão sendo realizadas consultas, cirurgias eletivas e exames laboratoriais pelos planos. A entidade garante que os casos mais graves estão sendo atendidos durante o dia de greve.
A Comissão Nacional de Saúde Suplementar é formada por representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Federação Nacional de Médicos (Fenam).
De acordo com Márcio Bichara, cerca de 160 mil médicos de todo Brasil atendem por planos de saúde. “Desse total, 110 mil atendem o plano Unimed, que será atingida pela paralisação em dez estados, incluindo Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde está a maioria dos usuários”, calcula.
Bichara informou que ainda não é possível indicar um balanço dos números de médicos que aderiram ao movimento nesta quarta. “As regionais vão passar, no fim do dia, um balanço da paralisação em suas localidades.” No começo da tarde, a AMB informou que um balanço preliminar aponta que, em média, 70% dos profissionais aderiram ao movimento no estados.
Valor pago por consulta
A principal reivindicação dos médicos é o reajuste no valor pago pelas consultas. De acordo com o presidente da Associação Médica Brasileira, Florentino Cardoso, a média nacional paga pelos planos de saúde aos médicos é de R$ 40 por consulta. Eles querem ao menos R$ 60 por consulta. Segundo ele, o maior valor pago é R$ 80; o menor, R$ 15.
"R$ 40 é menos que um corte de cabelo na Zona Sul do Rio de Janeiro", disse o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Aloísio Tibiriça Miranda. Cardoso aponta que a inflação nos últimos dez anos foi de 120%. O reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) aos planos no mesmo período, disse ele, foi de 150%, enquanto os honorários médicos não teriam atingido 50%.
Veja a lista dos planos que serão atingidos pela paralisação:
Acre: Unimed, Assefaz, Casf, Caixa Econômica, Cassi, Capesep, Correios, Eletronorte, Embrapa, Fassincra, Geap, Sesi/DR/AC, Plan - Assiste e Conab
Alagoas: Smile, Hapvida, Amil e Unimed
Amapá: SulAmérica, Amil e Grupo Unidas (Plan - Assiste, Geap, Fassincra, Eletronorte, Embrapa, Assefaz, Cassi, Capesaúde, Caixa Econômica, Correios, Embratel)
Bahia: Amil, Medial, Hapvida, Norclínicas/Intermédica, Life Empresarial, Geap, Cassi, Petrobras, Golden Cross e Promédica
Distrito Federal: Amil, Bradesco, Golden Cross e SulAmérica
Ceará: todas as operadoras
Espírito Santo: todas as operadoras
Goiás: Imas, Geap, Golden Cross, Itaú, Mediservice e SulAmérica
Maranhão: todas as operadoras
Mato Grosso: todas as operadoras
Mato Grosso do Sul: todas as operadoras
Minas Gerais: todas as operadoras
Pará: Hapvida, Grupo Lider, Cassi, Ipamb, Iasep, Geap e hospitais militares (Polícia Militar, Naval e Exército)
Paraíba: Geap, Amil, Smile, Hapvida, Norclínica, SulAmáerica e Saúde Excelsior
Paraná: todas as operadoras
Pernambuco: Samaritano Viva, Ideal Saúde, Golden Cross, Real Saúde, América Saúde, Hapvida/Santa Clara
Piauí: Capesaúde, Cassi, Correios Saúde, Geap, Saúde Caixa e Uniplam
Rio de Janeiro: todas as operadoras
Rio Grande do Sul: Afivesc, Assefaz, Bacen, Bradesco, Cabergs, Caixa, Canoasprev/Fassem, Capesesp, Casembra, Casf, Cassi, Centro Clínico Gaúcho, Conab, Doctor Clin, ECT, Eletrosul/Elos, Embratel, Fassincra, Geap, Golden Cross, Infraero, IRB, Petrobras, Petrobras Distribuidora, Plan Assist, Proasa, Pró-Salute, Sameisa, Serpro, Sesef, SulAmérica, Unafisco, Usiminas e Wal-Mart
Rondônia: Unimed, Ameron, SulAmérica e Bradesco
Santa Catarina: todas as operadoras que atuam no estado, exceto Assefaz, Saúde Caixa, Capesesp, Cassi, Celos, Correios Saúde, Conab, Eletrosul, Embratel, Elos Saúde, Fassincra, Cooperativas Médicas e Funservir
São Paulo: Ameplan, Golden Cross, Green Line, Intermédica, Notre Dame, Prosaúde, Blue Life, Dix Amico, Medial, Geap e Volkswagen
Sergipe: operadoras que atuam no estado, exceto Assec/Cehop, Assefaz, Cagipe, Camed, Capesep, Casec, Casembrapa, Casse, Cassi, Cassind, ECT, Embratel, Fachesf, Fassincra, Pasa, Petrobras, Petrobras Distribuidora, Plan Assiste, Proasa, Saúde Caixa e Sesef
Tocantins: todas as operadoras
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