do UOL Notícias
Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília
A deputada distrital Eliana Pedrosa (DEM) anunciou nesta quinta-feira (8) em plenário na Câmara Legislativa do Distrito Federal que deixou a presidência da CPI da Corrupção. A comissão investiga o suposto esquema de corrupção envolvendo empresas prestadoras de serviço e servidores do governo do Distrito federal.
“Fui atropelada por um ato autoritário [de Cabo Patrício]. Nem sequer recebi um telefonema. Sempre pauto meu trabalho com seriedade. Se eu não me respeito, ninguém vai me respeitar. Ou sou presidente para valer ou não sou”, disse.
A distrital se refere ao ato assinado pelo presidente da Câmara, publicado na edição de hoje do Diário Oficial da Casa, convocando quatro servidores públicos concursados para integrar a comissão, sem comunicá-la. “Fiquei sabendo pelo Diário Oficial”, reclama a parlamentar.
O presidente da Câmara, Cabo Patrício, alega que ontem foi um dia atípico e que “pode ter até ter sido um erro”, mas que acabou não ligando para deputada por ter ficado até tarde envolvido na assinatura de atos e verificando as inscrições dos candidatos à eleição indireta para os cargos de governador e vice, marcada para o próximo dia 17.
“É prerrogativa do presidente da Câmara dar condições de trabalho para qualquer comissão. Assinei o ato a pedido do relator, o deputado Paulo Tadeu [PT]”, defendeu-se Patrício.
Os funcionários Jeizon Allen, Kleber Cerqueira, Patrícia Netto e Wanda Cunha farão parte da equipe que irá analisar os documentos da CPI.
Com a saída de Pedrosa, quem assume a presidência interinamente é o vice-presidente, o deputado Reguffe (PDT). Mesmo com apenas quatro deputados, a CPI tem quorum para fazer votação, que precisa de, no mínimo, três votos.
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