Termina às 18h desta quarta (7) o prazo de inscrição dos candidatos à eleição indireta para governador do Distrito Federal.
A eleição está marcada para daqui a dez dias, 17 de abril. A posse do governador-tampão se dará dois dias depois, 19 de abril.
Os “eleitores” serão os 24 deputados distritais que integram a panetônica Câmara Legislativa da capital.
Por ora, o único candidato declarado é o atual governador interino, Wilson Lima (PR).
Presidente da Câmara, ele assumiu nas pegadas da cassação do mandato de José Roberto Arruda (ex-DEM) pela Justiça Eleitoral.
Tomou gosto pelo poder. E deseja permanecer na cadeira de governador até 31 de dezembro.
O DEM, legenda que Arruda viu-se compelido a deixar, ameaça lançar um candidato. O que seria, para dizer o mínimo, um acinte.
Uma vez formalizadas, as candidaturas vão à publicação. Além do titular, é preciso apresentar o nome do vice. Podem sofrer impugnação até o dia 9 de abril.
No dia 13, a Mesa diretora da Câmara se reúne para deliberar se aceita ou não eventuais impugnações. Suas decisões são irrecorríveis.
O rol de exigências que os candidatos precisam cumprir inclui a apresentação de declaração de bens.
Algo que, em tese, poderia afugentar aventureiros. Mas convém recordar que a Câmara do DF é 99,9% feita de ousadia.
Os novos malfeitos detectados em auditoria da Controladoria-Geral da União (desvios de R$ 100 milhões), reforçam a necessidade de um governador-faxineiro.
Não é preciso ser deputado para disputar o cargo de governador. Porém, não há, por ora, notícia de nome sério que se disponha a segurar a vassoura.
Assim, resta aguardar pelo cair da tarde para saber que surpresas a política de Brasília ainda reserva à cidade, já tão sobressaltada.
Escrito por Josias de Souza às 04h59
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