quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dilma lamenta morte de Niemeyer e velório será no Planalto
Dilma lamenta morte de Niemeyer e velório será no Planalto
"AE"
Brasília - A presidente Dilma Rousseff assim que soube da morte do arquiteto Oscar Niemeyer ligou para a família dele e ofereceu o Palácio do Planalto para que o seu corpo seja ali velado. A família de Niemeyer aceitou a oferta, mas ainda não há decisão sobre a partir de que horas o velório será realizado. A expectativa, no entanto, é que ele ocorra à tarde, no Planalto. Em nota oficial, a presidente lamentou a morte do "grande brasileiro".
"O Brasil perdeu hoje um dos seus gênios. É dia de chorar sua morte. É dia de saudar sua vida", disse a presidente. "A sua história não cabe nas pranchetas. Niemeyer foi um revolucionário, o mentor de uma nova arquitetura, bonita, lógica e, como ele mesmo definia, inventiva", prosseguiu a presidente em nota oficial, acrescentando que "da sinuosidade da curva, Niemeyer desenhou casas, palácios e cidades". E completou: "Das injustiças do mundo, ele sonhou uma sociedade igualitária". Em seguida, a presidente cita uma frase dita por Niemeyer: "Minha posição diante do mundo é de invariável revolta". Segundo a presidente, esta é "uma revolta que inspira a todos que o conheceram".
Depois de citar que Niemeyer , a presidente lembrou ainda que Niemeyer dizia que "a gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem". E emendou: "poucos sonharam tão intensamente e fizeram tantas coisas acontecer como ele".
A cerimônia de lançamento de medidas para melhorar a infraestrutura portuária do País, prevista para ser realizada às 11 horas, estava mantida até a noite desta quarta-feira. O luto oficial, que deverá ser decretado hoje, prevê o cancelamento apenas de eventos festivos.
A seguir, íntegra da nota da presidente Dilma Rousseff:
"A gente tem que sonhar, senão as coisas não acontecem", dizia Oscar Niemeyer, o grande brasileiro que perdemos hoje. E poucos sonharam tão intensamente e fizeram tantas coisas acontecer como ele.
A sua história não cabe nas pranchetas. Niemeyer foi um revolucionário, o mentor de uma nova arquitetura, bonita, lógica e, como ele mesmo definia, inventiva.
Da sinuosidade da curva, Niemeyer desenhou casas, palácios e cidades. Das injustiças do mundo, ele sonhou uma sociedade igualitária. "Minha posição diante do mundo é de invariável revolta", dizia Niemeyer. Uma revolta que inspira a todos que o conheceram.
Carioca, Niemeyer foi, com Lúcio Costa, o autor intelectual de Brasília, a capital que mudou o eixo do Brasil para o interior. Nacionalista, tornou-se o mais cosmopolita dos brasileiros, com projetos presentes por todo o país, nos Estados Unidos, França, Alemanha, Argélia, Itália e Israel, entre outros países. Autodeclarado pessimista, era um símbolo da esperança.
O Brasil perdeu hoje um dos seus gênios. É dia de chorar sua morte. É dia de saudar sua vida.

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